Vitória: uma ilha acelerada!
admin | 15 de fevereiro de 2008Moro em Vitória há cinco anos e tenho acompanhado o processo de crescimento físico da ilha e do seu entorno. Para além de uma crítica “ecológica” e oportunista sobre a ampliação de grandes projetos, da derrubada de casas quase que centenárias na Praia do Canto cedendo lugar a prédios de até 30 andares ou da cegueira pública e privada que não vê que o problema do trânsito é um problema basicamente de “quantidade no número de veículos” resolvi conversar com duas pessoas sérias e que aparentemente estavam defendendo modelos diferentes; o conservacionista versus o desenvolvimentista.
Respeitando o ponto de vista de cada um deles e sempre levando em consideração a seriedade de suas atividades, conversei com o ecólogo André Ruschi no seu refúgio lá em Santa Cruz, município de Aracruz e também com Antônio Bispo, diretor presidente da Bristol Hotels. André Ruschi alertou que toda a problemática do aquecimento global passa por uma equação aparentemente simples: é no litoral que se resgata grande parte do carbono e também é ali que se produz o oxigênio, ou seja, o litoral e os impactos que ele sofre são de crucial importância para o futuro. Bispo, talvez menos científico e mais pragmático acredita na geração de riqueza como fonte de desenvolvimento social e econômico mas não abre mão de desenvolver-se sustentavelmente, como é a prática na sua rede de hotéis.
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