Chuva, lama e solidariedade
admin | 14 de junho de 2007Até Calçoene a viagem foi tranqüila mas as surpresas até o Oiapoque, já que o inverno (chuvas) estava vigorando, não iam tardar. Estávamos numa camionete tracionada guiada pelo Dílson, motorista experiente e nosso DJ particular. O repertório ia de Evaldo Braga ao tecno – brega de Belém e Macapá. Logo nos primeiros 30 km nos deparamos com um imenso atoleiro onde uma carreta tanque carregada estava atravessada no meio da pista impedindo a passagem. Carros iam chegando e pessoas se aproximando para “analisar” a situação e claro, cada um dar o seu palpite sobre a situação. Ouve a tentativa de travessia de uma camionete mas também esta ficou presa na lama. O caos e a impotência tomavam conta de todos. Mesmo assim era bonito ver como as pessoas, nessa situação de quase tragédia, se ajudavam, eram solidárias. Eram homens, mulheres e crianças descalços e com os pés cheios de lama tirando paus ou colocando pedras na tentativa de ajudar a família que estava dentro da camionete atolada. Quando caiu uma forte e passageira chuva, como é normal nesta época, oferecemos nossa camionete para uma senhora e suas crianças. Havia também trocas de alimentos como biscoitos, frutas e água. A energia era tão boa que logo chegou um trator que removeu a carreta como se fosse um brinquedo e todos puderam passar e seguir o seu caminho. Entramos no carro embarreados e na certeza de que além de observar e registrar, estávamos também interagindo com os brasileiros.
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