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Estradas barra pesada

admin | 16 de junho de 2007

Atoleiro

As estradas no Brasil merecem um capítulo à parte. Primeiro vem a velha pergunta do por que optamos por elas e não pelo transporte ferroviário e fluvial. Depois porque mesmo considerando-se as asfaltadas, ainda assim temos de falar na aventura de percorrê-las. Certas estradas, como a BR-070 e a
BR-158 no Mato Grosso estariam, em alguns trechos, bem melhores se não estivessem asfaltadas tal a quantidade de buracos, verdadeiras crateras ao longo da “pista”.

Veja a lista das estradas mais barra pesada do Brasil (algumas delas, como Inferno e Corvo Branco, já foram asfaltadas, outras sofreram a operação tapa-buraco):

1-Porto Velho – Manaus – RO/AM
2-Rio Branco – Cruzeiro do Sul – AC
3-Transpantaneira – MT
4-Inferno – RS
5-Chuí – Cassino – RS
6-Corvo Branco – SC
7-Jalapão – TO
8-Raso da Catarina – BA
9-Barreirinhas -Tutóia – MA
10-Serra da Capivara – PI

Um relato sobre a vencedora: Porto Velho – Manaus.

E a campeã! Foi a estrada mais barra pesada do Brasil que vimos durante toda a viagem. Se você informar-se antes com certeza não vai, já que todos dirão que não é possível fazê-la. À medida que fomos chegando próximos a Humaitá, já no Amazonas, o trauma foi diminuindo e começamos a achar que daria. Quem poderia imaginar que alguém pudesse construir uma rodovia de 880 km ao lado do rio Madeira, em plena floresta amazônica e o que é mais impressionante, totalmente asfaltada… Isto aconteceu no regime militar… Mas a verdade é que a estrada foi construída e teve seus momentos de prosperidade como podem comprovar os vários postos de gasolina e hotéis abandonados. O início da decadência como conta o seu Adonis foi quando a estrada ficou danificada e merecia reparos. Então fizeram una verdadeira operação de guerra extraindo trechos imensos do asfalto para ser recuperado, só que nunca mais apareceu alguém para terminar o serviço. As conseqüências são previsíveis, nas primeiras chuvas (outubro – março) as fortes tempestades tropicais (quase equatoriais) acabaram com a estrada e ela começou a ficar inviável física e economicamente. Foi então que se descobriu a pólvora, ou seja, o transporte de mercadorias voltou a ser feito pelo sábio e preguiçoso Madeira. Hoje ela não esta completamente abandonada porque a Eletronorte mantém pontes precárias já que precisa inspecionar torres de alta tensão. Porém, como pudemos comprovar, caminhão não passa! Nossa Toyota correu muito perigo, mas passamos. Durante todo o trajeto encontramos apenas três kombis que traziam mercadorias de Manaus e mais nada. Levamos três dias para fazer o trajeto e numa destas noites passamos com o seu Adonai que nos relatou as noites de solidão por aquelas bandas. Dizia que a estrada era tão deserta que era comum ver onças vagando à noite. Apesar de desertas durante o dia causavam um espetáculo pouco comum, quando às vezes saíamos da floresta e encontrávamos trechos ainda intactos de, imaginem, asfalto! Esta paisagem novamente era convulsionada pela visão de tubos imensos que haviam sido destruídos pelas tempestades. Sem dúvida alguma a BR-319 foi a estrada mais barra pesada percorrida por nós ao longo dos 100 mil km de Projeto Brasil 2 Mil (de 08 dezembro de 1998 a 22 de abril de 2000).

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