Trekking na Ilha do Mel
admin | 12 de abril de 2008Ilha do Mel, por si só, já nos remete a uma idéia de paraíso. Podemos acrescentar a isto o fato de que a maior parte dos seus 2.700 hectares foi transformada em reserva ecológica além do que ali não existem ruas e por sua vez carros. A ilha tem duas partes bem definida. A menor, voltada para o oceano, é rochosa, possui faróis e é a mais habitada. A maior, mais no interior da baia de Paranaguá e plana e arenosa. E foi na praia da Encantada, na pousada do Barros, que nos hospedamos para conhecer a ilha pequena. Dia seguinte saímos bem cedo para fazer o “pequeno” giro na ilha, calculado em não mais do que 10 km. A parte oceânica foi bem tranqüila. Depois de explorarmos uma caverna construída pelas ondas seguimos por três praias que eram separadas por pequenos pontões e, detalhe, nem foi preciso levar água já que a todo o momento encontrávamos uma nascente que os nativos canalizavam com bambus fazendo deliciosos bebedouros naturais. Tudo ia bem até quando avistamos o farol das Conchas e então, para cortar caminho, resolvemos escalar um morro. Fomos subindo relativamente tranqüilos até o momento em que chegamos à velha situação do “falta pouco, mas é difícil” e resolvemos arriscar. Chegou então à fase do “estamos quase lá, mas também não da mais para voltar”. Olhávamos para baixo e víamos as ondas estourando nas rochas e percebemos que não havia a menor chance de retroceder. Subíamos devagar, bem devagar, numa operação extremamente arriscada, até chegarmos ao topo. A dificuldade foi complementada por um “passeio” em meio aos gravatás e ao capinzal que nos cortavam e nos faziam coçar um absurdo sob o sol de duas da tarde. Finalmente furamos o cerco e chegamos ao farol onde pudemos descansar e cuidar dos cortes. Mas o prêmio estava por vir ali, naquele dia, hora e lugar. A estreita faixa de areia (100 metros) que liga a ilha pequena com a grande estava sendo coberta pela maré alta de lua cheia. O fato era inédito e nós estávamos ali para presenciar. Ficamos tão absorvidos para ver também o por do sol que nem percebemos o tempo passar. A volta, que em outras circunstâncias poderia ser considerado dura foi feita num astral maravilhoso. Íamos caminhando de volta para a pousada Lua Cheia agora com a maré baixa, com água pelos joelhos, iluminados agora pela lua que começava a nascer. Finalmente alcançamos terra firme e daí seguimos por entre trilhas no meio de uma matinha de restinga até chegar à Encantadas…
vc são demais!
olha q eu ja fiz este caminho várias vezes… é mesmo maravilhoso!! amo esta ilha e tenho muitos amigos que moram lá e tenho muita saudade daquele tempo que a gente ia pra ilha do mel e não tinha nem luz elétrica ! bons tempos aqueles…